terça-feira, 25 de março de 2014

Geraldo Luís vence Globo na estreia e desponta como 'novo Ratinho'


O apresentador Geraldo Luís entrevista Gil Gomes na estreia do Domingo Show, na Record

Por PAULO PACHECO e DANIEL CASTRO, em 23/03/2014 · Atualizado às 15h15

Nova aposta da Record aos domingos, Geraldo Luís estreou na liderança no Ibope da Grande São Paulo neste domingo (23). Com uma reportagem sobre o até então recluso Gil Gomes, ex-repórter policial que sofre Mal de Parkinson, chegou a bater a Globo por 17 a 10, de acordo com dados preliminares, sujeitos a confirmação do Ibope nesta segunda. Na média de toda a exibição, das 10h59 às 15h15, o Domingo Show de Geraldo Luís marcou 10,9 pontos, contra 9,8 da Globo e 5,3 do SBT. 

Com esse desempenho, o ex-lavador de defuntos e artista circense desponta como "novo Ratinho", fenômeno de audiência no final dos anos 1990. Assim como o apresentador do SBT, Geraldo Luís teve uma origem humilde e aconteceu na televisão primeiramente com o jornalismo policial. 

Populares, não têm vergonha de parecerem bregas e misturar circo com um pouco de jornalismo em seus programas. Circo, aliás, que o Domingo Show teve bem mais do que jornalismo. 

Os links e o helicóptero do comandante Hamílton ficaram em segundo plano. No palco, o apresentador fez de tudo um pouco: chamou repórteres, imitou Gugu Liberato e Silvio Santos, brincou com a "Morte" e o Anão Marquinhos, personagens de seu programa anterior, Balanço Geral. Geraldo Luís comemorou a liderança dançando o hit do Carnaval Lepo Lepo com Luiz Bacci, que escolheu uma mulher para um jantar, e Sabrina Sato. A nova contratada da Record, aliás, ocupou metade do programa, cutucou o peso de Geraldo, a quem chamou de Shrek, e chorou ao ver depoimentos de sua família, em uma cópia do Arquivo Confidencial, de Faustão. O Domingo Show não deixa de ser um Balanço Geral esticado. A palhaçada e o sensacionalismo do antigo programa de Geraldo Luís, dessa vez, ganharam plateia e brincadeiras. 

A reportagem com o ex-radialista Gil Gomes, 73 anos, foi introduzida com uma encenação em um estúdio de rádio, com um ator se passando por Gil Gomes. Depois de muito suspense, o ícone do telejornalismo policial dos anos 1990, enfim, foi apresentado com closes closes de sua mão e da boca tremendo, consequência do Mal de Parkinson, enquanto se emocionava com depoimentos da família. Com ampla divulgação, Domingo Show estreou forte, mas começou torto, com menos jornalismo e mais entrenimento. 

Ainda é cedo para definir se o programa recuperou a audiência da Record no horário, porém teve um início bem melhor do que Tudo É Possível e Domingo da Gente. Na disputa contra a Globo, foi mais forte contra o Divertics, que só dura mais dois domingos. Hoje, o Domingo Show teve apenas um break. Domingo que vem terá mais, e não é todo domingo que terá um Gil Gomes.

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