segunda-feira, 7 de julho de 2014

Holanda vence Costa Rica nos pênaltis e avança à semifinal da Copa do Mundo

Goleiro Krul se destacou ao defender duas penalidades; adversária da Oranje na penúltima fase do Mundial será a Argentina


Neste sábado (5), às 17h de Brasília, a Holanda venceu a Costa Rica por 4 a 3 na disputa de penalidades máximas, em jogo disputado na Arena Fonte Nova, em Salvador, e subiu mais um degrau na luta pelo título da Copa do Mundo de 2014. No tempo normal, as seleções empataram sem gols.

Na semifinal, a Oranje enfrentará a Argentina, que conquistou sua classificação ao bater a Bélgica pelo placar mínimo no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. O duelo decisivo será na Arena Corinthians, em São Paulo, na próxima quarta-feira (9), às 17h, horário de Brasília. 

O vencedor ficará frente a frente com Brasil ou Alemanha na grande decisão, no Maracanã, no próximo dia 13, um domingo, às 16h. Os derrotados na penúltima fase do Mundial decidirão o terceiro lugar em Brasília um dia antes, às 17h.

Costa Rica segura a Holanda no primeiro tempo
O que se viu dentro de campo era previsível. A Holanda, tendo qualidade técnica superior, tomou a iniciativa e partiu rumo ao campo de ataque. Na maioria das vezes, os Laranjas paravam na forte marcação rival. Já os Ticos apostavam nos contra-ataques e jogavam explorando os erros do adversário.

A primeira chance clara de gol veio aos 22 minutos, quando o atacante Van Persie saiu na cara de Keylor Navas e o goleiro espalmou. Na sobra, o costarriquenho fez nova defesa, agora em chute de Sneijder. Seis minutos após o lance, mais uma jogada bem trabalhada dos holandeses quase resultou no ápice do futebol: Van Persie acionou Depay e o meia chutou forte, obrigando Navas a trabalhar novamente.

Sem levar muito perigo, a Costa Rica apostava nas jogadas aéreas. Nesse ritmo, quase abriu o placar quando o relógio marcava 33 minutos: após levantamento, a bola sobrou na pequena área e Van Persie afastou a ameaça.
Aos 38, o meia Sneijder, decisivo no duelo contra o México, cobrou falta com perfeição e Navas praticou uma defesa monumental. O lance animou os europeus, que continuaram "borbandeando" a defesa centro-americana, mas paravam no goleiro oponente. A incessante troca de passes se mostrava como uma alternativa falha para vencer a zaga tricolor e a primeira etapa terminou sem gols.

Holandeses desperdiçam chances claras na segunda parte

O jogo ficou morno no segundo tempo. Os costarriquenhos passaram a dificultar mais a criação das jogadas dos holandeses e marcavam a saída de bola do adversário. Aos poucos, iam "se soltando" e começavam a levar perigo à meta de Cillessen, sempre em bolas alçadas à área. Não temiam a favorita Holanda e batiam de frente. Chegaram a reclamar de um pênalti sobre o atacante Campbell, mas o árbitro uzbeque Ravshan Irmatbenov nada marcou.

Descontando na mesma moeda, a Holanda chegou perto de inaugurar o marcador com o zagueiro Vlaar, que cabeceou por cima do gol após falta cobrada por Sneijder aos 29 minutos. Em nova falta batida pelo meio-campista, aos 36, a Oranje novamente ficou no quase. Dessa vez, parou na trave. Noutra infração, a bola ficou limpa na pequena área e Van Persie parou em Keylor Navas.

Aos 43, em nova bola lançada para a área da Sele, a oportunidade de sair na frente escapou dos pés de Robin van Persie, que desperdiçou uma das chances mais claras de gol da partida.

Já nos acréscimos, aos 47, mais um lance inacreditável: o mesmo Van Persie cobrou falta e Navas espalmou; depois, Blind cruzou e dois jogadores da Holanda, de frente para a baliza, não alcançarem a pelota, que sobrou para o atacante chutar e ver o meia Tejeda salvar em cima da linha. A bola ainda tocou no travessão.

Defendendo-se do jeito que podia, a Costa Rica conseguiu segurar o ataque holandês durante 90 minutos e forçou a prorrogação na capital baiana.

Empate sem gols persiste na prorrogação

A pressão da Laranja Mecânica continuou no tempo extra. Logo aos 3 minutos, após escanteio cobrado da direita, Vlaar cabeceou e obrigou Navas a fazer mais uma grande defesa. Quatro minutos depois, Ureña caiu na área e exigiu a penalidade máxima. Entretanto, o juiz mandou seguir.

As jogadas ofensivas dos Países Baixos continuavam esbarrando no ferrolho costarriquenho. Os Ticos usavam rápidos contragolpes como arma contra os rivais. 

Tal panorama se manteve durante todo o restante da prorrogação. Ainda deu tempo de o goleiro Cillessen evitar um provável gol de Ureña após jogada habilidosa do atacante e de o meia Sneijder acertar o travessão de Navas. O embate teve que ser decidido na disputa de pênaltis.

Krul entra em campo, defende dois pênaltis e torna-se herói

Famoso em território holandês por ser pegador de pênaltis, Krul substituiu Cillessen nos acréscimos do segundo tempo da prorrogação e fez justiça à "carta na manga" do técnico Louis van Gaal. No desempate por penalidades máximas, defendeu as cobranças do meia Bryan Ruiz e do zagueiro Umaña e garantiu a Laranja Mecânica na semifinal da Copa do Mundo no Brasil. 

Celso Borges, Van Persie, Robben, González, Sneijder, Bolaños e Kuyt converteram suas cobranças.

O placar final apontou a contagem de 4 a 3 para a Oranje. Com o resultado, a Costa Rica tornou-se a segunda seleção da história dos Mundiais a ser eliminada de forma invicta e com a melhor defesa da competição, feito semelhante ao da Suíça de 2006, que àquela época deixou a Copa com nenhum gol sofrido em quatro jogos - na edição atual, a Sele sofreu apenas dois gols em cinco partidas e construiu sua melhor campanha em Copas. A Holanda, por sua vez, continua sua caminhada em busca do título inédito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário