domingo, 22 de fevereiro de 2015

Ordem divina: Motorista mata família para ressuscitar filho mais velho

POLÍCIA HOJE 2
Matar a família para ressuscitar o filho mais velho, morto há três anos. Foi essa a “ordenação divina” que o motorista José Amado Borba, de 57 anos, disse ter recebido para justificar à polícia o assassinato do seu filho caçula e da mulher a facadas, além de tentar matar o sobrinho na manhã de ontem na Rua Tupi, em Santa Cecília, região central de São Paulo. 
Borba chegou em casa à meia-noite, quando o filho mais novo, Gustavo Silva Borba, de 13 anos, e o primo Mateus, também de 13, dormiam na sala. Por volta das 8 horas, Mateus foi acordado por um “pisão” em sua cabeça dado pelo tio, que brigava com a mulher, Silvana Aparecida Silva Borba, de 53 anos, e com o filho. Ele portava uma faca de cozinha e gritava frases como “Deus mandou”.

O motorista, então, partiu para cima do sobrinho, mas foi impedido pelo filho e a mulher, já bastante ferida, que pularam nas suas costas. Os três caíram no chão. Mateus, então, conseguiu fugir correndo do apartamento, que fica no 6º andar, e ainda tirar a tia. Quando tentava levar também o primo, seu tio puxou Gustavo de volta e fechou a porta. Quebrada, a fechadura não abria do lado de fora. Mateus desceu no elevador com Silvana até o térreo e tentou chamar o síndico no 1° andar, além de outra moradora, que chamou a polícia. Os oficiais da 3ª Companhia do 4º Batalhão da Polícia Militar chegaram cerca de três minutos depois. Quando foram ao apartamento, encontraram Borba tentando sair, com uma faca na mão – Gustavo já estava morto, vítima de um golpe na altura do pescoço.
Armados, os policiais deram ordem para o motorista parar e largar a faca no chão. Com as mãos para cima, Borba foi se abaixando lentamente, mas após soltar a arma, saiu correndo e foi contido pelos oficiais. Segundo relato dos PMs, ele estava transtornado e resistiu à prisão em flagrante. Aos policiais, o motorista confessou ter cometido o crime. “Recebi uma ordenação divina para matar minha família para que meu filho voltasse”, disse aos PM. Segundo o Jornal Estadão, o casal tinha três filhos. O mais velho, Maurício, era advogado e morreu há três anos, em decorrência de uma doença súbita. Já o filho do meio, de 21 anos, estava viajando quando o crime aconteceu.

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