terça-feira, 17 de março de 2015

Bandidos queimam quatro ônibus, tomam carros de assalto e provocam o terror em Natal

Explodiu de vez o barril de pólvora em que havia se tornado o sistema prisional do Rio Grande do Norte. O crime organizado, depois de detonar vários motins nos presídios de Natal e Parnamirim, passou a agir nas ruas de Natal.
Na noite desta segunda-feira, quatro ônibus foram incendiados na capital do Estado e quatro carros foram tomados de assalto. Também foi iniciado mais um motim no Centro de Detenção Provisória no bairro Potengi, zona norte.
Presos destruíram celas e atearam fogo nos colchões.
Soldados do BOPE e agentes do Grupo de Operações Especiais (GOE) tentam conter a movimentação. Tiros e bombas de efeito moral foram disparados no local.

A todo o momento, os presidiários fazem ameaças direcionadas à  Dinorá Simas, diretora da Penitenciária Estadual de Alcaçuz. Alguns gritam o nome do PCC, organização criminosa que está presente no Rio Grande do Norte, embora as autoridades da segurança pública evitem confirmar.
A ameaça no sistema prisional, a partir do movimento silencioso dos presos, foi alerta pelo juiz de execução penal do RN, Henrique Baltazar Vila dos Santos. Inclusive, o defato.com noticiou o alerta no final da tarde desta segunda-feira  (leia clicando aqui).
Mas o Governo do Estado ignorou o alerta, não adotando nenhuma medida preventiva. Só agora, com a explosão do problema, o governo correu para atenuar a situação.
CALAMIDADE
O governo decidiu declarar situação de calamidade do sistema prisional do RN. O decreto nº 25.017 será publicado nesta terça-feira (17) no Diário Oficial do Estado.
Com a decisão, medidas de emergência serão adotadas na tentativa de restabelecer a normalidade nos presídios do Estado.
O Governador Robinson Faria (PSD) entrou em contato com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e solicitou o auxílio da Força Nacional e do Departamento Penitenciário Nacional, Depen, para dar apoio às soluções aos problemas do sistema prisional.

As medidas da situação de calamidade foram propostas depois que o relatório de Situação e Diagnóstico foi verificado, e consideram a destruição por parte dos rebelados de mil vagas divididas entre Alcaçuz (450), Presídio Estadual de Parnamirim  (250) e Cadeia Pública de Natal (300).
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