A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) criticou a postura da grande mídia, que, em sua avaliação, tenta desqualificar a atividade política, pautando a sociedade e fazendo com que os brasileiros passem a defender ideias que interessam a apenas alguns grupos.
Para ela, a cobertura das irregularidades na Petrobras mostra que a mídia e o grupo político que a apoia querem é mudar o modelo de exploração do petróleo do pré-sal do regime de partilha para o da concessão a empresas estrangeiras.
Essa manobra, segundo a senadora, pode comprometer, inclusive, o financiamento da educação, pois o Plano Nacional de Educação prevê que parte dos royalties do petróleo seja destinada a investimentos no setor.
Fátima Bezerra afirmou que a mídia deveria noticiar as irregularidades, independentemente dos envolvidos. Mas o que ocorre, em sua opinião, é que há uma seleção dos fatos noticiados e a prévia condenação dos supostos envolvidos.
Enquanto isso, acrescentou a senadora, casos como o do mensalão tucano, que teria ocorrido em Minas Gerais, não recebeu o mesmo tratamento dos grandes jornais e revistas e nem foi julgado pelo Judiciário.
— A imprensa livre é festejada por todos nós, ela é essencial, ela é fundamental à democracia, e tem o dever de prestar o maior dos serviços, que é bem informar sem manipular a verdade. Da imprensa, não esperamos que seja neutra, imparcial. Basta que não imponha a sua versão partidarizada, com verdades pretensamente absolutas e pensamento único — disse a senadora.
Fátima Bezerra ainda defendeu a votação da reforma política, com o fim do financiamento de campanhas eleitorais por empresas.
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