segunda-feira, 30 de março de 2015

Para reforçar caixa, governo venderá folha de servidores

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Área econômica planeja escolher novo banco para administrar folha de pagamento dos servidores públicos, hoje concentrada no BB
Em época de vacas magras, o governo prepara um grande plano de venda de ativos para melhorar a qualidade dos gastos públicos e, ao mesmo tempo, reforçar o caixa da União. Essa estratégia tem duas frentes. Uma delas é se desfazer de imóveis e terrenos que têm pouca utilidade ou alto custo para a administração. A outra é alienar a folha de pagamento dos servidores públicos. Hoje, os pagamentos de 1,2 milhão de funcionários civis (entre pessoal na ativa, aposentados e pensionistas), no valor de R$ 139,9 bilhões por ano, estão concentrados, em sua maioria, no Banco do Brasil, que não remunera a União pelo privilégio.
O leilão da folha dos servidores está programado para ocorrer no segundo semestre. A modelagem ainda está em estudo, mas a licitação deverá ser feita por lotes (grupamentos por estados). O governo mantém a expectativa de arrecadação em segredo para evitar que o valor se torne um teto. Atualmente, 30 bancos são responsáveis pelo pagamento dos salários, sendo que a fatia do BB é de 70%.
Sobre a venda dos imóveis, o secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Dyogo Oliveira, adiantou ao GLOBO que a ideia é otimizar o uso do patrimônio público. Isso será feito não apenas pela venda de imóveis, mas também pela revisão da ocupação de prédios da União que hoje estão subaproveitados e poderiam acomodar mais de um órgão (uso compartilhado). Com isso, será possível economizar com aluguéis.

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