domingo, 17 de maio de 2015

Atleta do River tem inflamação no cérebro após ser alvo de composto químico

Driussi (à esquerda) apresentou inflamação no cérebro dias depois do incidente
Driussi (à esquerda) apresentou inflamação no cérebro dias depois do incidente
O atacante Sebástian Driussi, do River Plate, teve diagnosticada encefalite, que é inflamação no cérebro. O atleta de 19 anos foi atingido por composto químico atirado por pessoa ainda não identificada no intervalo do clássico contra o Boca Juniors. Uma das causas da encefalite é a exposição a produtos tóxicos.

De acordo com o diário argentino Olé, diferentemente do que se falava, o material lançado no túnel não era gás de pimenta. O líquido jogado é chamado de “mostacero”, muito mais perigoso em relação ao gás de pimenta, pois contém ácido, que pode causar graves danos à saúde. Os sintomas em Driussi apareceram dias depois do incidente ocorrido na Bombonera. Ele se ausentou dos treinos do time.
Driussi começou sentir dores crônicas na cabeça e foi levado ao hospital. Os medicamentos não surtiram efeito. O atacante também apresentou problemas gastrointestinais. Driussi é uma das promessas do futebol argentino. Ele foi chamado para disputar o Mundial Sub-20, que acontecerá na Nova Zelândia.
Suspeito de atirar artefato é ligado à organizada do Boca
A polícia argentina afirma estar próxima de identificar o responsável por lançar composto químico nos jogadores do River Plate durante clássico na Bombonera. O suspeito, segundo o diário Olé, tem o apelido de Panadero e pertence à torcida organizada La Doce, do Boca Juniors.
Conforme perícia feita no estádio após o incidente que culminou na suspensão do clássico, o composto químico foi atirado da arquibancada para o campo, e não do campo para o túnel, como defendia a diretoria do Boca Juniors.
A substância líquida, que mistura ácido e pimenta, causou ferimentos nos olhos e na pele dos jogadores do River. Os exames toxicológicos revelaram que não se tratava de gás de pimenta, mas sim um composto líquido de fabricação caseira e de estrago maior. O jornal Olé informa que a torcida La Doce participou na identificação do suposto autor. Panadero teria planejado o ataque por razões políticas com a diretoria do Boca Juniors.
Ele pertence a uma ala opositora à atual administração do clube. Segundo a publicação, a Justiça argentina ainda não tem elementos substanciais para ligar Panadero ao atentado. Panadero teria atirado o líquido na grade que separa o campo da arquibancada. O ataque aconteceu na volta do time do River ao campo, quando o placar apontava 0 a 0. O jogo foi suspenso. A Conmebol deu prazo até as 15h deste sábado ao Boca para apresentar a defesa. O time corre o risco de ser eliminado da Libertadores.

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